10 livros para ler durante a quarentena
Há obras que todos devíamos ler ao longo das nossas vidas, mas o tempo (ou a falta dele) não o deixa. Aproveita o período de quarentena e põe a leitura em dia.
Há quanto tempo não lês um livro? É verdade que a correria do dia a dia nem sempre permite fazer algumas das coisas que mais gostamos, mas agora já não tens desculpa. Quer estejas em teletrabalho ou em casa a tomar conta das crianças, agarra naquele livro que está a ganhar pó na mesinha de cabeceira e aventura-te nas primeiras páginas. Se precisares de algumas recomendações, mostramos-te 10 livros para todos os gostos.
Do colombiano Gabriel García Márquez (autor do também aclamado “Cem Anos de Solidão”), a história do jovem telegrafista, violinista e poeta Florentino, que se apaixona por Fermina. Porém, o romance não é do agrado do pai da rapariga que a envia numa viagem de um ano. É então que Florentino monta, com a ajuda de amigos telegrafistas, uma rede de comunicação que alcançava Fermina onde quer que ela estivesse. Um bom exemplo de como a distância não impede a comunicação.
Publicado pela primeira vez em 1947, “O Diário de Anne Frank” é um dos relatos mais impressionantes da Segunda Guerra Mundial, que permitirá a quem o ler pôr em perspetiva estes dias de isolamento. O dia a dia de uma adolescente alemã de origem judaica, a viver em Amesterdão, durante a perseguição nazi. Numa tentativa de escapar, a família escondeu-se em compartimentos secretos de um edifício comercial, no dia 6 de julho de 1942. Mais de dois anos depois, a 4 de agosto de 1944, a família foi descoberta. Anne viria a morrer no campo de Bergen-Belsen.
Num futuro próximo, um governo totalitário proíbe qualquer livro ou tipo de leitura. Objetivo: vedar o acesso ao saber e à informação, evitando assim a rebelião do povo. Tudo é controlado e as pessoas só sabem o que lhes entra em casa pelas televisões. O título da obra de Ray Bradbury, “Fahrenheit 451” (233 graus Celsius), é a temperatura a que arde um livro.
Polémico romance de Vladimir Nabokov sobre o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita (termo cunhado por Nabokov), de 12 anos. A história parece resumir-se a esta obsessão de um professor de meia-idade por uma adolescente, mas as leituras do enredo vão muito mais longe. Um jogo de perversidades e manipulações que causou escândalo e que continua hoje em dia a ser fonte de polémicas.
Procuras um livro específico?
Publicado em 1925, um livro, de F. Scott Fitzgerald (que, com esta obra, conquistou um lugar entre os maiores do seu tempo), sobre a era do jazz e os prósperos e loucos anos que sucederam a Primeira Guerra Mundial – e a pandemia de gripe de 1918-1919. No início dos anos 1920, numa profusão de luxo, álcool e dinheiro, uma figura instala-se em Long Island, EUA. E ninguém sabe quem é nem o que pretende…
Mersault leva uma vida banal, que sai dos carris quando recebe a notícia da morte da mãe. Após descobrir a fatalidade, ele comete um crime, é preso e julgado. Condenado à morte por aparentemente ter matado um homem a troco de nada. Um homem comum, na visão de Albert Camus, levado pelas correntes indomáveis da vida.
A história, de Lev Tolstói, situa-se na Rússia do século XIX. Anna é casada com o conselheiro de Estado Karenine e apaixona-se pelo conde Vronsky, oficial da guarda imperial. Depois de um romance clandestino, decide abandonar o marido e o filho para viver plenamente o seu amor. Mas, mais tarde, perceberá que abdicar da própria vida e desafiar as convenções sociais foi um erro trágico.
De Alice Munro, Nobel da Literatura em 2013, uma coleção que reúne 28 contos repletos de emoções e salpicados por bom-humor. Histórias de personagens singulares, como um caixeiro-viajante que leva os seus filhos numa viagem não programada ou de uma mulher abandonada, que tem de escolher entre a sedução e a solidão. A banalidade da vida entra em harmonia com a simplicidade da escrita de Munro, criando uma espécie de magia literária.
Obra do chileno Luís Sepúlveda, que narra a aventura de António José Bolívar Proaño, um devoto leitor de romances de amor, que tem como pano de fundo a América do Sul, mais concretamente um local chamado El Idílio. Mas o enredo adensa-se quando começam a surgir cadáveres de pessoas e animais, presumivelmente atacados por um predador, uma onça.
Aproveita para arrumar a casa
Obra de Gonçalo M. Tavares, a partir da tragédia “Alceste”, de Eurípedes, e com o cerco de Sarajevo, nos anos de 1992-1996, como cenário. Duas realidades separadas por cerca de 2500 numa história que se foca num dos grandes dramas da Humanidade, tão presente nos dias que correm e da qual se pode tirar uma lição: “Em Sarajevo e em redor de Sarajevo, no século XX, a regra particular é igual à regra geral: os mortos estão mortos, os vivos é que ainda não”.
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