Discos de travões: descobre as diferenças
Os travões, por si só, não fazem milagres quando se trata de parar um veículo. Descobre os discos de travões mais indicados para cada carro.
Os travões não fazem milagres quando se trata de parar um veículo a tempo de evitar uma colisão. O pedal de travão do teu carro limita-se a desencadear um processo mecânico e de eletrónica que culmina com a fricção das pastilhas nos discos, que são otimizados para se adequarem às caraterísticas de cada modelo e ao tipo de utilização. Quais os melhores discos de travões? Nós ajudamos.
Olhando para os catálogos atuais dos fabricantes de automóveis, a esmagadora maioria dos modelos no mercado está equipada de fábrica com discos de travões ventilados, perfurados ou ranhurados. Mas o que leva um construtor a optar por uma determinada tipologia num modelo específico são os mesmos critérios que deves respeitar quando equipas o teu carro por tua conta e risco. Logo, ao comprares discos de travão é fundamental garantir no especialista que estes são compatíveis com a marca e o modelo do automóvel que conduzes.
Trata-se de um disco liso, geralmente produzido em ferro e afixado ao fuso do eixo rotativo. Estão entre as opções mais comuns em veículos mais compactos, tendo em conta o seu peso mais baixo. São mais baratos de produzir, o que faz com que a sua substituição fique também mais em conta. Os modelos de gama mais alta destacam-se pela excelente potência de travagem devido à grande superfície de contacto com a pastilha. Mas depois de períodos longos de condução desportiva, em aquecimento e arrefecimento repetido, podem perder eficácia. As pastilhas tendem a vitrificar. Também não têm qualquer sistema para auxiliar na limpeza de sujidades, nem para escoar a água.
Quando o condutor pisa o travão, a bomba hidráulica aciona os pistões com o líquido dos travões; estes pistões empurram as pastilhas contra os discos fazendo reduzir a velocidade. Por outras palavras: os travões funcionam convertendo energia cinética (velocidade) em calor através da fricção daqueles dois componentes – as temperaturas entre a pastilha e o disco do travão podem superar os 750ºC.
Para que o equipamento mantenha a eficácia, o disco deve ser capaz de libertar o calor quando a temperatura aumenta. O design ventilado cumpre esse objetivo, ajudando a evitar o sobreaquecimento dos componentes. Visualmente, são idênticos aos lisos, mas parecem duas unidades coladas uma na outra, e com aberturas a toda a volta para ajudar a irradiar o calor gerado pelas superfícies de contacto.
Os discos ventilados são, portanto, a opção correta para automóveis de porte mais avantajado. Com mais tamanho e peso em movimento, maior é a carga exercida nos travões. Isso faz gerar mais calor.
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São perfurados para reduzir o peso e ajudar na limpeza das pastilhas. Esta solução também resulta num aumento do movimento do ar, o que arrefece o disco e, consequentemente, aumenta a eficiência da travagem. Têm um bom desempenho com chuva, pois permitem escoar a água e os gases rapidamente. No entanto, as perfurações no disco também trazem desvantagens: diminuem a superfície de contacto, reduzem a superfície de dissipação do calor e, muito importante, comprometem a resistência da peça. Além disso, a referida eliminação dos gases e das partículas no momento da travagem não é notória na condução de todos os dias.
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Nesta opção tenta combinar-se o melhor de dois mundos. Ao adicionar fendas à superfície este equipamento funciona de maneira semelhante aos discos perfurados, pois estas ranhuras vão trabalhar para escoar o excesso de calor, gás e materiais da superfície de atrito. Por esta razão, a eficiência da travagem aumenta em média 30% em relação aos discos normais. Em contrapartida, têm a desvantagem de serem mais ruidosos, pela fricção entre as ranhuras e as pastilhas, que também apresenta normalmente um desgaste mais acelerado.
A única vantagem da utilização de ondulações na estrutura do disco está na redução do peso do conjunto sem comprometer a sua resistência. Contudo, as capacidades de ventilação são reduzidas. Ainda assim, nos equipamentos de altas prestações mais modernos, os fabricantes começaram a incorporar uma borda ondulada no disco como solução para diminuir o peso não suspenso, sem perder caraterísticas de desempenho e resistência.
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