O filtro de partículas começou por ser um componente obrigatório nos carros a gasóleo, mas, anos mais tarde, passou a ser incluído em todos os motores térmicos, independentemente do tipo de combustível que use.

A decisão de tornar o seu uso obrigatório também nos propulsores a gasolina deve-se ao facto de, nos últimos anos, se terem tornado populares os blocos de injeção direta que, segundo vários estudos, emitem dez vezes mais partículas nocivas do que os motores que recorriam ao sistema de injeção indireta.

Por isso, mesmo que estejas a ponderar comprar um carro usado, a partir de 2009, no caso dos diesel, ou desde 2017, para os gasolina, é essencial que conheças esta peça.

O que é o filtro de partículas

Mas, antes, tentemos compreender de que se trata. O filtro de partículas é, como o nome indica, um filtro, localizado na parte dianteira do sistema de escape, que tem como função reter as partículas pesadas, a mistura de carbono e outros compostos nocivos para o ser humano que resultam da queima do combustível. Desta forma, os gases expelidos pelo tubo de escape estarão mais “limpos” quando existe um filtro de partículas. Nos motores a gasóleo, por exemplo, fica a saber que o filtro de partículas em boas condições pode remover até 80% das partículas que resultam da combustão.

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O filtro em si apresenta uma estrutura interior que te poderia lembrar uma colmeia. Mas são precisamente esses favos, desenhados de forma a criarem desníveis, que conseguem capturar as partículas pesadas, que permanecem nessa teia, sem conseguirem libertar-se para a atmosfera que todos respiramos.

Regeneração do filtro de partículas

E isso quer dizer que ficam lá para sempre, obrigando a uma substituição constante? A resposta é não. No entanto, para que consigas poupar uns euros nessas substituições, terás de compreender que o filtro de partículas precisa da tua ajuda para se regenerar. Como? Criando elevadas temperaturas.

Mas, vamos por partes. No dia a dia, o filtro de partículas vai retendo aqueles materiais nocivos, prendendo-os à sua rede. No entanto, ao fim de algum tempo, se não for limpo, começará a ser cada vez menos eficaz – e o nível de poluição emitida pelo teu carro vai disparar. E para limpá-lo não é preciso nada de especial, nem sequer desmontar seja o que for: basta que pegues no teu carro e faças alguns quilómetros de autoestrada à velocidade máxima admitida.

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Mas, vamos por partes. No dia a dia, o filtro de partículas vai retendo aqueles materiais nocivos, prendendo-os à

O passeio irá permitir aumentar a temperatura do carro que desencadeará o processo de incineração das partículas que se foram acumulando na tal malha em que consiste o interior do filtro.

Além disso, qualquer mecânica agradece esta espécie de esticar de pernas ao fim de longos períodos sem sair do perímetro urbano… Mas não te esqueças: acelera! Caso a temperatura necessária não for atingida, o filtro de partículas não conseguirá regenerar-se. E o seu mau funcionamento, com matérias solidificadas na sua teia, poderá prejudicar o trabalhar do carro.

No entanto, a maioria dos automóveis trazem um esquema de segurança para prevenir que tal aconteça. Assim, quando o carro deteta que o filtro está demasiado sujo irá tratar de aumentar a temperatura dos gases de escape de forma artificial, forçando a queima das impurezas retidas no filtro. O sistema não te avisará desse processo, mas será fácil perceberes que o mesmo está a decorrer se notares o aumento do regime do motor ao ralenti ou se, sem aviso, o sistema de Start/Stop deixar de funcionar.

Aposta na prevenção

Caso a sujidade continue a acumular-se, o mais provável é teres direito a luzinhas a acender no painel de instrumentação. Nesse caso, poderás ter de recorrer à ajuda de profissionais para limpar o filtro de partículas, e o melhor é começares a desejar com força que resulte. É que a operação de libertar o filtro de partículas da sujidade é bem paga, mas a substituição deste componente poderá ser muito mais pesada à tua carteira (dependerá muito do modelo do carro e da marca do filtro, mas será um trabalho para custar mais de 1000€).

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E, mesmo que tenhas uma condução amiga do filtro de partículas (ou seja, muitos quilómetros diários a velocidades elevadas), tem em conta que nada dura para sempre – ainda que no caso deste componente, é esperado que sobreviva o mesmo tempo que o veículo. Assim, para evitar dissabores, opta pela manutenção a cada 100 mil quilómetros.

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