Vale a pena investir num sistema de autoconsumo?
Com um sistema fotovoltaico para autoconsumo em casa, é o consumidor quem produz a sua própria energia elétrica. Descobre em que consiste esta solução e como pode ajudar a poupar na fatura elétrica.
As energias renováveis estão a mudar a forma como consumimos energia elétrica. Um exemplo notório é o autoconsumo de eletricidade. A recente ascensão destes sistemas deve-se ao facto de a tecnologia envolvida ser cada vez mais acessível e de a burocracia ter vindo a diminuir.
Descobre como o autoconsumo ajuda a poupar na conta de eletricidade e a combater as mudanças climáticas.
O recurso às energias renováveis para gerar eletricidade é cada vez mais significativo. Não só pelas grandes empresas, que tradicionalmente têm dominado o mercado de geração e distribuição de energia elétrica, mas também em pequena escala, por particulares.
O autoconsumo rompe com o sistema tradicional, de geração de energia elétrica em centrais termoelétricas e barragens, e distribuição posterior para as nossas casas, com desperdício no transporte e transformação. Pelo contrário, o autoconsumo dá a cada um a possibilidade de gerar a sua própria energia, e de a consumir quando é produzida.
O termo autoconsumo designa a produção de energia elétrica por fontes renováveis para consumo na própria instalação, seja em habitações, escritórios ou até fábricas. Para isso, é necessária uma unidade de produção para autoconsumo, ou UPAC. As principais vantagens são a redução de custos, menor impacto ambiental e maior autonomia.
O funcionamento do autoconsumo é o seguinte:
É este funcionamento inovador, aliado à redução do investimento que se tem verificado nos últimos anos, que traz várias vantagens a quem adere ao autoconsumo.
O autoconsumo de energia traz várias vantagens, para a carteira e para o ambiente.
Para instalar um sistema de autoconsumo em casa, segue estes passos:
Começa por calcular o consumo elétrico diário da casa. Esta informação é disponibilizada na fatura elétrica ou, se for uma casa nova, utiliza este simulador. Idealmente, a análise deve ter em conta o consumo no período entre as 8h e as 17h (em média). Esta é a altura em que os painéis produzem energia e coincide com as horas em que o custo da eletricidade é mais caro.
Verificando os tarifários para regime bi-horário, verifica-se que a energia consumida nestes período é paga a 0,19 €/kWh. Ou seja, quem tiver instalado um painel fotovoltaico que reduzir a compra de energia à rede nestes períodos, terá uma poupança equivalente a este preço.
Bi-horário ou tri-horário: qual é a melhor opção?
Deve verificar se existem condições em casa para instalar painéis fotovoltaicos, o inversor de rede, os contadores e, caso aplicável, o acumulador. Tudo isto ocupa espaço e os painéis requerem uma boa exposição solar durante grande parte do dia.
A produção para autoconsumo pressupõe um procedimento administrativo junto da Direção-Geral de Energia e Geologia prévio ao início da atividade, cujos requisitos dependem da potência instalada da UPAC. Depois, pode ou não ser necessário obter um controlo prévio.
Uma UPAC com potência instalada igual ou inferior a 350 W não está sujeita a este controlo, mas, se tiver uma potência entre 350 W e 30 kW, é necessária uma comunicação prévia.
Contratar um profissional é, em alguns casos, obrigatório. Se a UPAC tiver uma potência instalada superior a 350 W deve ser executada por uma entidade instaladora especializada. De qualquer forma, é sempre recomendável procurar o apoio de um profissional para ajudar em todo o processo, consultar mais que um fornecedor e pedir vários orçamentos.
De preferência, contrata um serviço de instalação completo, ou chave-na-mão. Após a instalação, pede os manuais de utilização e certificados de garantia dos vários componentes. Exige também que o instalador explique o funcionamento dos vários componentes e quais os procedimentos de manutenção.
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As UPAC com potência instalada superior a 20,7 kW encontram-se ainda sujeitas a inspeções periódicas, a cada 10 anos. Nos restantes casos, a fiscalização faz-se a cada 8 anos.
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Obrigada por mais um artigo e mais uma oportunidade de aprendizagem e atualização.