Biodegradável vs Compostável: quais são as diferenças?
Existem alternativas sustentáveis que nos ajudam a ter um consumo mais consciente. A escolha entre o material biodegradável e a compostagem está entre as opções.
Quando falamos em sustentabilidade, surgem vários conceitos que nos remetem para um consumo mais consciente e uma redução na pegada ecológica. Poupamos no ambiente e garantimos um futuro mais risonho para as gerações vindouras.
Quando o conceito é introduzido desde cedo, a sustentabilidade é vista com outra perspetiva, sendo fundamental para a educação das nossas crianças. Explicar a sustentabilidade aos mais novos não tem de ser um bicho de sete cabeças, mas o desafio está em falar sobre reciclagem, alimentação, desigualdade social, com o objetivo de mudar mentalidades e comportamentos.
Alguns conceitos podem ser confundidos, por manterem entre si algumas semelhanças, sendo que por vezes podemos estar a optar por uma opção biodegradável e ela ser compostável, ou vice-versa. O esclarecimento dos diferentes conceitos é fundamental para conhecermos os materiais disponíveis e para fazermos as nossas escolhas com conhecimento de causa.
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A matéria de um produto biodegradável é decomposta naturalmente por microrganismos presentes no meio ambiente, tais como fungos, bactérias e outros. Esse processo é desencadeado com relação a fatores diversos, como a localização, a temperatura e a humidade.
O processo de biodegradação ocorre, portanto, quando as condições lhe são favoráveis. Quando o produto não encontra as condições ideais, a sua biodegradação é bastante mais lenta, representando um dos grandes problemas ambientais.
Optar por um produto biodegradável não significa que ele vai desaparecer na totalidade e, essa ideia errada é comum a muitos de nós. A título de exemplo, podemos falar dos sacos biodegradáveis que, apesar de serem mais sustentáveis, podem não ser a escolha realmente mais amiga do ambiente.
A Environmental Science & Technology esclarece que muitas vezes compramos estes produtos e os reciclamos, pensando que estamos a fazer uma escolha consciente, mas podemos estar a prejudicar o processo de reciclagem. Um saco biodegradável misturado com um convencional, por exemplo, contém aditivos que vão contaminar a mistura que permite a criação de novos sacos.
Sabias que entre os sete erros mais comuns na hora de reciclar estão coisas como o facto de nem todo o vidro ser indicado para o vidrão, ou os lenços e guardanapos serem colocados no papelão?
É importante conhecer a forma correta de reciclar, precisamente para não afetar todo um processo de reciclagem, contaminando os diferentes materiais e resultando num esforço inglório.
A EN 13432 é a norma europeia que determina se um produto é biodegradável, sendo que o mesmo deve decompor-se em gás carbónico (CO2), num período máximo de seis meses. Este tempo estimado ainda não é consensual entre as diferentes instituições reguladoras.
Com as condições adequadas à biodegradação, esta pode ser aeróbica ou anaeróbica. Nesse processo, o material pode ser transformado em moléculas menores e, em alguns casos, em água, CO2 e biomassa. Biodegradável é, portanto, tudo aquilo que se degrada de forma natural e através da ação de microrganismos, mesmo que o processo decorra num espaço de dias ou em milhares de anos.
Para que a degradação de um material biodegradável seja efetiva, este deve ser levado, junto com o lixo orgânico, a uma unidade de compostagem, encontrando aí as condições adequadas à decomposição.
Compostagem caseira: põe as mãos na terra
Apesar das vantagens dos produtos com características de biodegradação serem muito vantajosas para o meio ambiente, não são a única solução e é necessário estudar todos os possíveis efeitos da escolha sobre os mesmos.
No entanto, a demanda por produtos biodegradáveis leva a novas alternativas de produtos no mercado. Este movimento abre espaço a novas pesquisas e à alteração de produtos convencionais, como fraldas, copos, utensílios diversos, roupas e muito mais.
Por sua vez, o processo de degradação completamente biológico, é característica de um material compostável. Neste caso, os microrganismos transformam a matéria orgânica, como restos de fruta, hortaliças, cascas de ovos ou borras de café, num composto rico em propriedades semelhantes às do solo.
Este composto final tem vários benefícios para o nosso solo, como a melhor fertilização deste ou uma maior retenção de água para as plantas. Este tipo de produtos tem um tempo de degradação entre 2 e 6 semanas, diminuindo assim a nossa pegada ecológica.
O material compostável vai um pouco além do biodegradável que, para além de se desfazer, decompõe-se em componentes não tóxicos, como a água e o gás carbónico. O composto orgânico em que se transforma é uma espécie de adubo, que pode ser utilizado em plantas ou jardins.
Apesar dos produtos compostáveis serem também biodegradáveis, o seu processo de degradação é mais rápido e altamente benéfico para o ambiente, pelas utilizações que permite. É quando se reúnem as condições ideais de temperatura, humidade, oxigénio e agentes biológicos que se gera o composto.
Utiliza as borras de café para um lifestyle mais sustentável
1# Opta por shampoos sólidos, feitos de produtos naturais e embalados em material biodegradável;
2# Prefere as compras de cereais, frutos secos e outros avulso, reduzindo nas embalagens;
3# Troca as tuas escovas cabelo velhas por um pente ou escova de bambu;
4# Escolhe detergentes para a louça ou para a roupa biodegradáveis;
5# Faz os teus próprios produtos de limpeza naturais para a casa;
6# Opta por deslocar-te a pé, de bicicleta ou trotinete;
7# Usa uma garrafa reutilizável, assim como palhas, reduzindo os descartáveis;
8# Leva as tuas próprias sacas para transportar as compras;
9# Reduz o consumo de água desnecessária e reaproveita, por exemplo, a primeira água do banho;
10# Na reposição dos produtos alimentares, de higiene ou beleza, opta por produtos biológicos;
11# Aplica a política dos 5 R’s: recusar, reduzir, reusar, reutilizar e reciclar.
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Dar preferência ao uso de embalagens compostáveis é uma alternativa possível e complementar à reciclagem que, para além de permitir vários ganhos ecológicos como já referidos, auxiliam na redução do volume dos aterros sanitários.
É importante continuarmos a manter-nos alerta e a estudar os variados assuntos que surgem relacionados com a sustentabilidade, recorrendo a fontes dignas, que nos mostrem opções sustentáveis e alternativas reutilizáveis e compostáveis. A grande mudança no planeta Terra começa aqui.
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