Trekking em Portugal: 5 trilhos incríveis para percorreres o país de uma ponta à outra

Em Portugal, encontras inúmeros percursos pedestres surpreendentes, tanto no continente como nos arquipélagos da Madeira e Açores. Existem trilhos para todas as alturas do ano ondes podes fazer trekking e outros que são mais recomendáveis apenas em algumas épocas. Uns exigem mais, outros são mais fáceis.

Estas são as nossas recomendações.

5 percursos de trekking para fazer em Portugal

1. Trilho da Frecha da Mizarela, Serra da Freita

Em plena Serra da Freita esconde-se o trekking pela Frecha da Mizarela. Pertence ao Geoparque de Arouca, com a designação de PR7, e promete a paisagem incrível de uma cascata proveniente do rio Caima.

Com uma altura de 75 metros é uma das quedas de água mais altas da Europa. O trilho é circular, num total de 8 km, iniciando-se no Parque de Campismo do Merujal, que pertence à freguesia de Albergaria da Serra, na aldeia da Mizarela.

Em alternativa, podes começar o trekking junto do miradouro da Frecha da Mizarela, embora aqui encontres menos lugares para deixar o carro. Neste local é obrigatório parar para observar, respirar fundo e tirar umas quantas fotografias.

Segue até à aldeia da Ribeira, de onde podes ter vistas maravilhosas sobre a Frecha. Aqui estás a cerca de metade do percurso. A partir deste ponto o caminho segue por encostas abruptas e é necessário cuidado, especialmente para quem tem vertigens. 

Em determinadas partes do trilho existem correntes nas rochas para auxiliar os caminhantes. Quase no topo da encosta, após atravessares uma pequena ponte de madeira, obténs uma vista total da serra. Chegado ao cume, a visão é panorâmica sobre o vale, que se estende até à Ria de Aveiro.

O nível de dificuldade elevado deve-se ao desnível envolvido, que é considerável. Não é recomendado fazer este percurso em dias de chuva e vento, devido ao gelo e água que tornam as rochas muito escorregadias. 

Para além disso, no inverno, parte da serra fica sujeita a baixas temperaturas e condições meteorológicas imprevisíveis que podem dificultar a orientação e colocar em causa a tua segurança. Por isso, já sabes, este é um daqueles percursos para fazer na primavera ou no verão.

2. Trilho dos Pescadores, Rota Vicentina

Em 2012 foi inaugurada a grande rota pedestre que cruza o Sudoeste de Portugal com a Costa Vicentina, num total de 350 km. Nasceu então a Rota Vicentina. Esta divide-se em dois grandes percursos: Caminho Histórico e Trilho dos Pescadores.

O Caminho Histórico contempla as principais vilas e aldeias entre a cidade de Santiago do Cacém e o Cabo de S. Vicente, constituído por 12 etapas de 25 km cada, num total de 230 km. Podes fazê-lo a pé ou em BTT.

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Já o Trilho dos Pescadores, por sua vez, segue sempre junto ao mar, percorrendo caminhos que os locais, especialmente os pescadores, recorrem para aceder às praias e falésias. Este trekking inclui quatro etapas de um dia, com um máximo de 22 km cada e, ainda, 5 circuitos complementares, num total de 120 km.

Caso apenas tenhas um dia para fazer este trekking, sugerimos-te que escolhas o percurso entre a Zambujeira do Mar e Odeceixe. O grau de dificuldade é médio e o caminho pode tornar-se algo difícil com altas temperaturas.

Podes começar o teu percurso na Capela de Nossa Senhora do Mar e descer em direção à praia da Zambujeira. Segues pela falésia e vais cruzar-te com várias enseadas e falésias impressionantes. 

Dá-se uma sucessão de praias de rochas e pedra. Entre elas estão a praia do Carvalhal e a praia da Amália, o refúgio da icónica fadista portuguesa. A meio do trekking encontras a aldeia de Azenha do Mar, onde podes descansar e recuperar energias.

Podes seguir o teu caminho junto ao porto de pesca natural da Azenha do Mar. Chegado à Ponta em Branco, uma falésia que assim ganhou o nome pelas cores que formam a sua coroa, encontras uma vista excecional.

Com Odeceixe ao fundo, falta descer a falésia até à ribeira e os últimos 4 km de estrada de asfalto que sobram, até à ponte que liga à vila de Odeceixe.

3. Trilho de São Cristóvão do Douro, Pinhão

Este é um trekking praticamente sempre a descer, para fazer em tranquilidade e excelente para toda a família. Liga Provesende e Pinhão, percorrendo um pouco do Douro vinhateiro.

Com este trekking podes ainda visitar a aldeia vinícola de Provesende e a sua igreja, onde se inicia o percurso. Apesar de pequeno, este trilho oferece inúmeros cenários para excelentes fotografias.

A partir do centro da aldeia, após conheceres a igreja, o largo, o chafariz e os edifícios senhoriais, basta seguir sempre em frente, tal como indicam as setas sobre o percurso. 

Em meia hora surge um corte à esquerda, não muito bem identificado. Seguindo-a, vais ter à aldeia de S. Cristóvão do Douro. O trekking atravessa a estrada nacional por poucos metros, regressando logo de seguida ao trilho, até ao Pinhão. Pelo caminho vais atravessar várias propriedades vinícolas.

O trilho termina na ponte romana do Pinhão, mas podes ainda seguir até à beira rio. Este trekking pelo vale do Douro é indicado inclusive para crianças.

4. Vereda da Atalaia, Madeira

Do Paúl do Mar até à Vereda da Atalaia, com regresso pela Vereda dos Zimbreiros, é certo que o cenário paisagístico será imenso. Seguido ao longo da Levada da Fajã vais chegar ao encontro da Vereda do Lombinho e de imensas plantações de bananeiras.

No Paúl do Mar podes aproveitar para apreciar o mar e até para dar uns mergulhos. O regresso pela Vereda dos Zimbreiros vai permitir-te assistir a um pôr do sol fantástico.

O piso por toda a Vereda dos Zimbreiros é mais estável que pela Vereda da Atalaia mas, ainda assim, todo o percurso é considerado de dificuldade média. Podes inclusive fazer este trekking em modo caminhada/corrida.

A Vereda da Atalaia é um de muitos exemplos dos caminhos costeiros que as arribas do concelho da Calheta oferecem. Este trekking permite o contacto direto com a tradição de terras agrícolas e gado, num cenário rural envolvente.

5. Mistérios Negros, Açores

Com início nas imediações da Lagos do Negro e da Gruta do Natal, o caminho deste trekking é de terra batida até cerca de 550 metros, onde dás por ti numa pastagem. Seguindo o caminho, rapidamente encontras três pequenas lagoas, em Vale Fundo.

Contornando as lagoas pela direita, segues por um bosque, num terreno algo irregular. Depois de atravessada a mata e algumas pastagens, chegas à estrada de asfalto até subires ao Pico Gaspar. 

Daqui podes desfrutar das vistas panorâmicas, antes de percorreres o último quilómetro até à Gruta do Natal e à Lagoa do Negro, voltando ao início do percurso.

O trekking integra a Reserva Natural da Serra de Santa Bárbara e dos Mistérios Negros. Ao longo do percurso é possível observar a diversa vegetação endémica. A atitude máxima é de 649 metros e podes chegar ao ponto de partida através da Estrada Regional 3-1, no entroncamento com o Caminho Florestal 24.

Tudo o que precisas para fazeres o teu trekking preferido

Para vestir

• Calçado apropriado para caminhadas
• Impermeável
• Chapéu
• Chinelos
• Leggins
• Calções
• Calças adequadas

Acessórios

• Protetor solar
• Garrafa de água reutilizável
• Mochila
• Bolsa de cintura
• Toalha de praia
• Óculos de sol

Gadgets

• Powerbank
• Earbuds
• Máquina fotográfica
• Action cam
• Selfie stick
• Smartwach com GPS
• Canivete multiusos
• Pulseira multifunções
• Lanterna

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Os acessórios extras que possas precisar vão variar consoante o teu perfil de viajante, o trekking escolhido, a sua dificuldade, distância e duração, e a altura do ano.

No entanto, já sabes que todo o tipo de objetos e demais acessórios que te podem facilitar uma caminhada estão à distância de um click, no OLX, como de habitual.

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